Até dezembro do ano passado a cidade registrou 512 medidas protetivas emitidas pela Justiça; As vítimas são assistidas por equipe especializada da GCM
Mulheres vítimas de violência em Poá podem contar com o atendimento da Sala Rosa e uma equipe de guardas municipais treinadas para assistir e proteger as vítimas por meio da Patrulha Maria da Penha. As denúncias e pedidos de ajuda podem ser feitos pelo telefone 4634-1666 ou pelo whatsapp 96412-5110.
Até dezembro do ano passado, 512 medidas protetivas haviam sido emitidas pela Justiça e encaminhadas para a Patrulha Maria da Penha. Neste período, a equipe realizou 2.632 fiscalizações em benefício das vítimas que possuem medidas protetivas na cidade. Em 2022 esse número chegou a 1.959 fiscalizações e 364 medidas protetivas expedidas pela Justiça em favor de mulheres de Poá, vítimas de violência doméstica.
As mulheres assistidas pela Patrulha Maria da Penha contam com equipe qualificada, imparcial, sem revitimização, atendimento humanizado, visitas e acompanhamento periódico, a fim de fiscalizar e monitorar o cumprimento das medidas protetivas, além de encaminhamento para atendimento na área social e de saúde, conforme a necessidade de cada vítima.
“Mantemos contato constante com estas mulheres, por meio de visitas presenciais, on line e contato telefônico. Mantemos o suporte para que elas possam seguir em frente e contamos com a estrutura da rede da Prefeitura Municipal para isso, por meio da Saúde, da Assistência Social e da Secretaria da Mulher, grandes parceiros do nosso trabalho contra a violência doméstica”, conta a coordenadora da Patrulha Maria da Penha em Poá, Kelly Aparecida Pedro.
A Sala Rosa é outro equipamento importante para acolher as mulheres vítimas de violência. Localizada dentro da Delegacia de Poá, o espaço conta com uma profissional treinada para atender, de forma humanizada e especializada, as vítimas. “A mulher, que já está em estado fragilizado, precisa ser acolhida e atendida de forma humanizada. Mais do que isso, ela precisa ter a convicção de que ali ela receberá orientação e proteção”, aponta o secretário municipal de Segurança Urbana, Marcos Xavier.
A coordenadora lembra que a informação é o primeiro passo para detectar os casos de violência doméstica. “Muitas pessoas acham que configura violência doméstica apenas a agressão física, mas a Lei Maria da Penha vai além. É considerado pela legislação brasileira crime de violência doméstica a agressão verbal, psicológica, patrimonial, física e sexual. É importante lembrar que relação sexual não consentida pela mulher, ainda que seja com seu parceiro, é considerada estupro e portanto é crime”, alerta.
PALESTRAS
Além do atendimento às vítimas, a equipe da Patrulha Maria da Penha realiza palestras, visando a orientação e capacitação da comunidade. “Realizamos palestras nas escolas, entidades, empresas, indústrias e comércio, oferecendo capacitação e orientação para que estas pessoas possam também identificar os possíveis crimes de violência doméstica e tomar as medidas cabíveis”, explica Kelly, lembrando que as palestras são gratuitas e realizadas mediante agendamento com a equipe da Patrulha Maria da Penha de Poá.
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